5 Rituais de Yoga que ajudam a renovar a energia
Atualizado: 16 de jan. de 2022
A vida é a arte do encontro, embora haja tanto desencontro pela vida. (Vinícius de Moraes)
Que os dias são extremamente desgastantes não é segredo algum, mas você sabia que podemos nos recarregar ao longo do dia e evitar ou, ao menos, amenizar a sensação de completa exaustão do final do dia?
Aaah, sim, nós podemos! Com algumas técnicas advindas da Hatha Yoga denominadas Pranayamas, Ásanas, Meditações, exercícios de conexão com o Eu que permitem a ancoragem ao presente.
Boa parte do desgaste e da exaustão ao final do dia decorre da elevada carga mental a que nos submetemos diariamente: a dificuldade de realizar tarefas sequenciais - não simultâneas-, a instantaneidade das redes sociais, o volume de tarefas e prazos infindáveis.
(MAS EU NÃO POSSO PEDIR DEMISSÃO, NEM PARAR DE ESTUDAR, OU ABANDONAR MINHA FAMÍLIA!!!!)
Sim, nem sempre podemos amenizar a carga mental que nos aflige, mas podemos elaborar algumas técnicas para lidar com ela, que você provavelmente já conhece: faça listas, separe o seu tempo, divida suas tarefas em microtarefas, se permita recompensas pelas metas alcançadas...
E, mesmo tentando tudo isso, você ainda pode se sentir completamente exausto(a) ou vazio(a) ao final do dia... Bem, tudo a que nos propomos nos demanda uma certa quantidade de energia, todo planejamento desloca a energia pro futuro, e as preocupações, culpas ou arrependimentos deslocam-na para o passado.... Desse modo, seu "agora" fica vazio.
Pois é, você não tá sozinho(a), acontece comigo também, e através da yoga eu consegui algumas maneiras de me conectar comigo mesma e descansar ou restaurar o meu presente ao longo do dia.
Respiração de ancoragem ao eu: respire fundo com a mão esquerda sobre o umbigo e a mão direita sobre o peito. Observe o movimento suave do umbigo e sinta o fluxo de ar passando apenas pelo nariz e sobre o lábio superior. Repita por 5 vezes de olhos fechados. Isso leva menos de um minuto, e você pode realizar esse tipo de pausa energética durante o seu período de trabalho em pausas programadas.
Respiração em ferradura: por vezes provocamos alguns bloqueios energéticos que impedem a circulação correta de prána pelos nossos corpos físico, mental e espiritual, para corrigir esses desequilíbrios pode-se fazer respirações alternadas com uma narina por vez: bloqueia a narina direita, inspira pela narina esquerda, bloqueia a esquerda, expira pela direita, inspira pela direita, bloqueia a direita, expira pela esquerda. Perceba que é como uma ferradura que vai e volta ao longo do ciclo respiratório, pratique por 1 minuto. Como não demanda o fechamento dos olhos, pode-se praticar esse tipo de pranayama até mesmo no trânsito.
Elefante: fique em pé, sentindo bem as solas dos pés no chão, encaixe bem o quadril, contraia levemente o abdômen, abra o peito, encaixe e relaxe os ombros, perceba a distribuição do seu peso e o alinhamento da sua coluna, respire gentilmente pelo nariz, solte os braços girando o tronco e deixe que as mãos batam no corpo (confortavelmente), relaxando a tensão do dia a dia. Esse movimento pode ser realizado de olhos abertos ou fechados, está contraindicado em caso de crise de labirintite ou pacientes com hérnias lombares, artrose de joelho e quadris. Indica-se realizar esse movimento após o banho, antes de se deitar.
Ho'oponopono ao universo: muito do que sentimos tem relação com o apego e a necessidade de controle que na verdade não nos cabe, existem muitos momentos de todas as circunstâncias da vida que simplesmente não nos cabem. Pois bem, uma prática meditativa que auxilia na redução desse apego e desse tipo de tensão consiste em fechar os olhos, conectar-se com o que é divino e sagrado pra você (perceba que não me refiro a qualquer entidade específica, sua divindade pode ser você mesmo(a) ), e repita mentalmente: eu entrego, eu aceito, eu confio e eu agradeço. Quantas vezes achar necessário, eu, particularmente, gosto de praticar pela manhã antes de me levantar e à noite após me deitar.
Respiração circular: em pé, com as solas dos pés bem espalhadas no chão, encaixe o quadril, contraia levemente o abdômen, abra o peito, encaixe e relaxe os ombros com as palmas das mãos voltadas para frente, inspire profundamente pelo nariz e leve as duas mãos até a altura dos ombros, sinta relaxar os ombros e desloque o foco de tensão para as palmas das mãos agora voltadas ao céu, na próxima inspiração leve as duas mãos ao céu, unindo-as em prece lá no topo, e ao expirar leve as mãos em prece ao centro do peito, repita o movimento por três vezes. Há um aumento do efeito restaurador quando praticado com os pés em contato com a grama ou a terra. Contraindicado em pessoas com artrose de ombros ou lesões de manguito rotador.
